terça-feira, 27 de março de 2012

Eras geológicas

segunda-feira, 26 de março de 2012

Conteúdos da Prova de Geo - COC Jardim Camburi

1º ano

Origem dos terremotos e tsunames / consequências em países ricos e pobres / movimentos das placas
Coordenadas geográficas / Latitude e longitude / paralelos e meridianos (funções)
Projeções cartográficas

2º ano
Neoliberalismo - conceituação e características
Formação dos blocos econômicos (cooperação/integração econômica)
Os países mais ricos do mundo (G-8/G-20 - influencia no cenário internacional)
Logística de transportes no Brasil - matriz brasileira - contexto histórico...



agora é só estudar mulekada!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Postagem feita a pedidos dos meus alunos do COC Jardim Camburi

Na última aula debatemos com muita eficiência sobre o papel da grande mídia na manipulação da massa popular nacional, citei esse vídeo abaixo e gostaria que em outra oportunidade voltássemos com o debate de sala de aula.

Valeu gurizada;

prof.aureojunior@msn.com

terça-feira, 13 de março de 2012

Pesquisadores registram imagens inéditas de dois átomos formando uma molécula

Cientistas utilizaram a energia de um único elétron para iluminar a reação química.


 

(Fonte da imagem: Reprodução/Nature.com)
Um grupo de cientistas da Universidade de Ohio conseguiu registrar imagens do momento exato em que dois átomos se uniam para formar uma molécula, utilizando a energia gerada por um único elétron para iluminar a reação química.
Os cientistas aplicaram vibrações de laser ultrarrápidas para mover o elétron de um dos átomos de sua órbita natural, justo no momento em que as duas partículas estavam se unindo. Ao retornar à sua órbita, o elétron emitiu um sinal de energia, que foi refletido ao redor da molécula em formação, como se fosse o flash de uma câmera fotográfica.
De acordo com os pesquisadores, este feito é importante não só por permitir a observação de reações químicas no momento em que elas estão acontecendo, mas também por oferecer a possibilidade de controlá-las em uma escala atômica.
“Através desses experimentos, nos demos conta de que podemos controlar a trajetória do elétron quando este retorna à molécula, através do ajuste da vibração do laser que move essa partícula. O próximo passo será tentar mover o elétron exatamente da forma necessária para que realmente seja possível controlar uma reação química”, disse Louis DiMauro, professor de física e um dos responsáveis pelo experimento.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Para Galera do COC - 2º ANO - Chave de correção da prova

QUESTÃO 1.

Observe a imagem abaixo para responder a questão a seguir.
Quando o fenômeno de Globalização surgiu nas rodas de debate, vários significados e características foram levantados. Dentre os inúmeros conceitos e características, se fazia menção em uma “integração mundial” ou mesmo uma possível “igualdade” dentro da aldeia global. No entanto o que se verifica é uma crescente desigualdade entre países e regiões. Explique um motivo para o aumento da desigualdade entre os países.


Resposta:
Apesar das ideologias relacionadas a integração sócio-cultural, o fenômeno da Globalização se trata de um fenômeno econômico, baseado em trocas comerciais e dominação tecnológica. Os países ricos produzem sua tecnologia e ainda vendem para os pobres e essa relação de compra e venda cria uma relação de dependência financeira aumento assim as diferenças sociais.

 QUESTÃO 2.

Em 2008, pela primeira vez desde 1880, os países ricos passaram a representar menos de 50% da produção mundial.


A)    Apresente dois fatores que explicam o elevado desempenho econômico dos BRIC, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China, nos últimos dez anos.

 Dentre os muitos fatores podemos destacar:

- impulso de industrialização

- grande mercado consumidor

- baixo custo de produção de mercadorias

- grande potencial de crescimento do mercado consumidor

- atração de grandes volumes de investimentos internacionais

 B)    Apresente também duas consequências, uma geopolítica e outra ambiental, dessa nova realidade econômica mundial.

 Dentre as muitas consequências geopolíticas podemos ressaltar:

- fortalecimento das relações Sul-Sul

- consolidação de uma ordem mundial multipolar

- formação de novas alianças geopolíticas com as potências emergentes

 Dentre as principais consequências ambientais podemos destacar:

- agravamento da poluição

- aumento da emissão de gases de efeito estufa

 QUESTÃO 3.
Nas últimas décadas, a Turquia vem pleiteando, sem sucesso, sua entrada na União Europeia.


Apresente uma razão que tem dificultado a entrada da Turquia na União Europeia.

Resposta
Dentre as razões que vêm dificultando o ingresso da Turquia na União Europeia encontram-se: o receio da entrada de um Estado-Nação de maioria muçulmana na União Europeia; o temor da competição por emprego por parte dos trabalhadores europeus; os riscos associados à proximidade da zona de conflitos no Oriente Médio; e a insegurança associada aos conflitos internos existentes na Turquia.

QUESTÃO 4.

TEXTO 1

O Mundo Tem Dez Anos

Ele nasceu quando o Muro caiu, em 1989. Não admira que a economia mais jovem do mundo – a economia global – ainda esteja em busca de si mesma. Os complexos pesos e contrapesos que estabilizam as economias se desenvolvem com o tempo. Apenas recentemente ocorreu a liberalização de muitos mercados mundiais, governados pela primeira vez pelas emoções das pessoas e não pelo pulso do Estado. Do nosso ponto de observação, nenhum desses eventos compromete as expectativas de uma década atrás, resultantes da derrocada do mundo emparedado...

A disseminação do livre mercado e da democracia em todo o mundo está permitindo que cada vez mais pessoas, em todos os lugares, convertam as suas aspirações em realizações. E a tecnologia, explorada de forma adequada e distribuída com liberalidade, tem o poder de Eliminar não apenas as fronteiras geográficas, mas também as humanas. Parece-nos que, com apenas dez anos, o mundo continua a acenar com grandes promessas. Até então, nunca ninguém afirmou que o crescimento era fácil.

(Friedman, T. O lexus e a oliveira, 1999.)

TEXTO 2

Este mundo globalizado, visto como fábula, erige como verdade um certo número de fantasias, cuja repetição, entretanto, acaba por se tornar uma base aparentemente sólida de sua interpretação.

(Tavares, Maria da Conceição. Destruição não criadora, 1999)



Faça uma análise crítica das frases do Texto I destacadas abaixo, tendo em vista o argumento do Texto II, com ênfase especial para os termos fábula, fantasias e base aparentemente sólida.



A)    “Apenas recentemente ocorreu a liberalização de muitos mercados mundiais, governados pela primeira vez pelas emoções das pessoas e não pelo pulso do Estado”.

Resposta:

O conteúdo da frase superestima a capacidade de auto-regulação dos mercados, por leis como a da oferta e procura, em detrimento do papel regulador do Estado – o qual, efetivamente, ainda se mantém no mundo atual –, associando, portanto, mecanicamente, democracia ao livre-mercado e à figura do Estado mínimo, alinhando-se aos princípios do (neo)liberalismo. Também é apresentada a idéia generalizada de que a emoção das pessoas dirige os movimentos dos mercados, em todos os lugares, expressando um elevado grau de fantasia contido na frase.

B)    “E a tecnologia, explorada de forma adequada e distribuída com liberalidade, tem o poder de eliminar não apenas as fronteiras geográficas, mas também as humanas”.


Resposta:

Na frase, atribui-se à tecnologia a capacidade de eliminar obstáculos à integração e à interação entre populações dos mesmos e de diferentes lugares, empobrecendo a noção de fronteira – reduzida a idéia de barreira -, generalizando a formação de uma aldeia global, de um mundo homogêneo, negligenciando a desigual produção e distribuição de tecnologias – sobretudo as de ponta -, subentendidas na frase como um recurso equitativamente acessível a todos os países, registrando a globalização atual como fábula.

sábado, 10 de março de 2012

Para Galera do COC - 1º ANO - Chave de correção da prova

QUESTÃO 1.
Devido à dificuldade de representar o relevo terrestre sobre a superfície plana do mapa, os cartógrafos costumam empregar a técnica de mapeamento com curvas de nível. Observe a imagem a seguir, na qual esse recurso é utilizado.
Identifique, por meio dos pontos cardeais, o sentido para o qual está correndo o rio principal e indique qual das três rotas assinaladas é a ideal para atingir o ponto D pelo caminho com menor declividade.
Justifique suas respostas com base na interpretação das curvas de nível.
Resposta:
De leste para oeste. As cotas das curvas de nível indicam que as maiores altitudes estão na área leste, havendo decréscimo na direção oeste.
Rota C para D. O maior espaçamento entre as curvas de nível na rota C para D indica que a declividade é menor, facilitando o deslocamento por esse caminho.

QUESTÃO 2.
Observe dois tipos de projeções cartográficas aplicadas aos mapas.

Projeção conforme de Mercator
Projeção equivalente de Peters
As projeções cartográficas cilíndricas permitem mostrar a esfera terrestre com alguns tipos de distorções geométricas, que afetam as aparências das áreas e das formas continentais. Os mapas apresentados foram elaborados de acordo com as projeções de Mercator e de Peters. A partir destas projeções, analise os dois mapas quanto:

a) à manutenção ou alteração das áreas dos continentes;
b) às distorções maiores ou menores nas representações das formas dos continentes em baixas, médias e altas latitudes.
Resolução:
a) Na projeção de Mercator, há alteração das áreas. No Equador há pequenas distorções; nas proximidades dos polos as distorções aumentam. Na projeção de Peters, as proporções das áreas continentais são mantidas em quaisquer latitudes.
b) Na projeção de Mercator, as formas dos continentes são menos distorcidas nas baixas latitudes e as deformações aumentam nas médias e nas altas latitudes, com maior afastamento para o norte e para o sul, a partir do Equador. Na projeção de Peters, as formas são mais alteradas, pois há alongamentos norte-sul nos contornos dos continentes nas baixas latitudes, enquanto nas médias e altas latitudes há um achatamento longitudinal desses contornos.

QUESTÃO 3.
Observe a imagem abaixo e responda a questão a seguir.
Explique a importância do Tratado de Tordesilhas o contexto da formação do território brasileiro.
RESOLUÇÃO:
Foi o primeiro indício de reconhecimento do território brasileiro e o reconhecimento por parte da Espanha da hegemonia portuguesa no Brasil. A partir daí, houve expansão do território com assinaturas de outros tratados como o de Madri.
QUESTÃO 4.
Observe a imagem abaixo para resolver a próxima questão.
Explique de que forma os ciclos econômicos contribuíram para a formação do território brasileiro.
RESOLUÇÃO:
Os ciclos econômicos contribuíram de forma significativa para a formação do território brasileiro devido ao fato de que a medida que as riquezas eram encontradas no interior do país, o interesse do governo se voltava para a região. Com isso as terras brasileiras foram sendo expandidas para além do Tratado de Tordesilhhas.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Para Galera do COC - 2º ANO


Conteúdo 1. Conceitos e características da Globaliszação



Mitos da Globalização

Este faz parte de um seminário, por mim, apresenatado no Mestrado na matéria de Organização Industrial; Texto fonte: Mitos da Globalização de Paulo Nogueira Batista Jr.


Introdução: O grande debate por trás da “globalização”, está na atuação do Estado na Economia, e nas suas possíveis ações sobre os arranjos econômicos, no comércio externo e interno, na indústria e na agricultura. A globalização é o grande pano de fundo, encobertando os interesses do capital internacional, é um álibi da elite tradicional nacional e máscara inoperâncias do governo.
Este artigo mostra evidências e mitos sobre alguns exageros em torno da globalização e de suas superioridades sobre estados nacionais fragilizados e inoperantes, e de sua inevitabilidade mundial, sendo este o grande “salvador da economia mundial”. E também comprovando de que a economia mundial já foi muito mais “globalizada”/integrada desde dos períodos anteriores aos momentos das duas grandes guerras e hoje não passa de uma concentração de capital nos países desenvolvidos.

1º Mito: “A ‘globalização’ inaugura nova etapa na história econômica mundial; constitui processo irreversível, que conduziu a uma integração sem precedentes das economias nacionais”.         

O mundo é "globalizado" desde dos periódos A.C., mas consepção desta "nova globalização" nada mais é, do que um modelo de dominação entre países fortes sobre os mais fracos, de igual teor, mas de roupagem nova do pacto colonial do séc. XV. E o processo de integração dos países vem ocorrendo, tão pregado na “globalização”, não chega perto do nível atingido pelo mundo no período antes das grandes guerras, por mais que tenham ocorrido avanços tecnológicos no setor de comunicação no séc. XX. O que vemos hoje é um avanço na recuperação do comércio internacional, após os protecionismos do fim da II guerra e da grande depressão americana.



2º Mito: “Nas últimas duas ou três décadas, a ‘globalização’ produziu um sistema econômico fortemente integrado, de caráter supranacional, que tende inexoravelmente a unificar o mercado mundial, a dissolver as fronteiras nacionais e a reduzir a relevância dos mercados domésticos”.

O processo de internacionalização da “globalização” cresceu junto com os avanços tecnológicos, de comunicação e informática, desenvolvendo uma maior integração no comercio internacional e no mercado financeiro e de capitais, mas está longe de enfrentar os Estados Nacionais e derrubar suas fronteiras. Pois, os mercados internos ainda são os maiores demandadores de mão-de-obra e de mercadorias. Os dados da geografia dos fluxos de comercio e de capitais, não confirmam a propalada imagem de uma economia “global” ou mercado mundial unificado, pelo contrário é constado, um agrupamento de 2/3 do fluxo internacional nos países ditos como desenvolvidos. Portanto é enganoso o tratamento dado a uma “economia global” e sim deveria ser chamado de uma “economia internacional”, que seria mais compatível.



3º Mito: “Em conseqüência da ‘globalização’ e do predomínio das políticas ‘neoliberais’, os Estado nacionais entraram em processo de inevitável declínio e estão compelidos a reduzir a sua presença na economia”.

A teoria de base da “globalização” é o neoliberalismo. É o velho projeto liberal da escola austríaca e dos clássicos. Foi implementado apenas nos países em desenvolvimento e nos desenvolvidos não foi implementado, pois, não diminui o tamanho do Estado nesses países, há uma grande diferença entre o discurso e a prática.

4º Mito: “A economia ‘global’ vem sendo crescentemente dominada por empresas ‘transnacionais’, livres de identificação e lealdades nacionais.”

São raras as empresas que perdem o vínculo com a “terra natal”, a grande maioria mantém o grosso de ativos, vendas, empregados e P&D na sua base nacional. Elas deveriam ser chamadas de firmas nacionais com operações internacionais.

5º Mito: “A expansão das transações financeiras internacionais criou um mercado ‘global’ de capitais, extraordinariamente poderoso, diante do qual a autonomia das políticas nacionais e dos bancos centrais, mesmo nos países de mais peso, tende a desaparecer”.        

O grau de internacionalização das finanças é mais limitado do que se sugere na tal “globalização financeira”. Todas as financeiras do chamado mundo desenvolvido prefere investir no país de origem por ser mais seguro, mas o volume e rapidez das transações criam situações novas, dificultando a sustentação de certos tipos de regime cambial, principalmente o de ancoragem flexível. Isto aumenta o poder de decisão dos BC´s, se tornando um ator de primeira grandeza, pois tem que utilizar políticas de monetárias de flutuação controlada, mantendo a influência e autonomia dos BC´s domésticos.    

Conclusão: É preciso tomar distância de noções falsas ou exageradas que ocorrem no mundo à procura de “consumidores” desavisados. “Globalização” é um mito. Os Estados Nacionais, preparados não estão indefesos ao tal processo “inevitável e irrevogável”.
O fascínio com a “globalização” é indescritível e com o desarmamento intelectual que se encontra em países como o Brasil. Para superá-los, poderíamos começar por uma reavaliação do papel dos Estados nacionais, desenvolvendo, sem inibições, a nossa própria concepção de rumos que devem tomar as relações internacionais da economia.



Conteúdo 2. BRICs

10 anos de Brics, muito para comemorar


Autor(es): Jim O'Neill
O Estado de S. Paulo - 01/01/2012
Brasil, Rússia, Índia e China superaram as expectativas e não são mais emergentes; eles e mais um punhado de países devem ser chamados mercados de crescimento
Há dez anos, no dia 30 de novembro, criei o acrônimo Bric para descrever a provável expansão vigorosa das economias do Brasil, Rússia, Índia e China. Comparada às minhas previsões na época, a história dos Brics se mostrou un sucesso muito maior do que eu podia imaginar. No quadro mais otimista, sugeria que os Brics chegariam talvez a representar coletivamente 14% do Produto Interno Bruto (PIB) global, em relação aos seus então 8%. Na realidade, alcançaram cerca de 19%.
Há 10 anos, eu pensava que a China poderia se tornar tão grande quanto a Alemanha. No entanto, ela chegou ao dobro do tamanho da Alemanha e passou à frente do Japão. O Brasil superou a Itália e é hoje a 7ª maior economia mundial, muito mais do que eu calculara (na semana passada, divulgou-se que o Brasil passou a Grã-Bretanha e já é a sexta economia do mundo). No total, os países do Bric cresceram de US$ 3 trilhões para cerca de US$ 13 trilhões, e os US$ 10 trilhões a mais quase poderiam criar outra economia americana, como ela era em 2001, ou mais de seis economias da Grã-Bretanha em 2001.
Para comemorar os dez anos, publiquei recentemente um livro intitulado The Growth Map (O Mapa do Crescimento), no qual falo do papel fundamental dos países do Bric e as drásticas mudanças ocorridas no mundo.
Resolvi escrever esse livro há cerca de um ano, depois de uma longa viagem a Índia, China e Coreia. Ao regressar ao Reino Unido, me dei conta de que não havia avaliado a escala de mudança que os países do Bric e algumas outras grandes economias estavam imprimindo ao mundo. Na realidade, foi então que entendi que precisava encontrar uma nova maneira de convencer as pessoas a parar de denominar estes países de mercados emergentes. Deveríamos chamar os quatro Brics, além de Indonésia, Coreia, México e Turquia de mercados de crescimento, para destacar sua importância para o mundo.
Embora muitas pessoas nem percebam, apesar de duas crises distintas - a de 2001 e a de 2008/09 -, que levaram o mundo desenvolvido a crescer em média 1,5% na década passada, a economia global cresceu 3,5%, mais do que na década anterior. Isso ocorreu por causa da expansão de 8% dos países do Bric. Na década que se inicia agora, a ascensão dos mercados de crescimento fará com que a expansão global atinja a média de 4,3%, apesar das dificuldades com que o Ocidente se depara neste momento. O que pressupõe que o crescimento dos Brics será de aproximadamente 7%, e de cerca de 5% nas outras economias de crescimento. A expansão conjunta dos oito países será de pelo menos US$ 16 trilhões, ou cerca do dobro do que EUA e Europa contribuirão conjuntamente.
Somente em 2012, os Brics contribuirão com outros US$ 2 trilhões ao PIB global, criando efetivamente outra Itália em um ano. O que acontece com esses países é muito mais importante do que o que acontece com cada país europeu individualmente. Em The Growth Map, discuto diversos aspectos das dificuldades e das oportunidades. Também analiso as questões com as quais se defronta cada um dos países do Bric, assim como as outras economias de crescimento e ainda as que aspiram a pertencer ao grupo, como a Nigéria.
A maior oportunidade da história dos mercados de crescimento é a ascensão de suas classes médias e o enorme aumento do seu consumo. Essa é a questão estratégica fundamental da nossa geração, que proporciona uma chance fabulosa a todos nós, inclusive às principais empresas ocidentais. Até o fim desta década, o valor do consumo nas economias de crescimento será maior do que o dos EUA, e todas as empresas globais com ambições precisarão ser bem-sucedidas nos Brics, do contrário, ficarão para trás em relação aos competidores.
Isso pode ser constatado no caso da Louis Vuitton, BMW e assim por diante. Essas companhias se multiplicarão, e outros nomes, que provavelmente muitos de nós sequer conhecem, se destacarão. A esse respeito, o mais crucial é o que acontecerá com a inflação chinesa em 2012, e se ela cairá o suficiente para permitir que Pequim abrande sua política monetária, fazendo com que a China tenha um pouso suave. Para nós, será vital que a China cresça menos, mas que dê mais espaço aos seus próprios consumidores.
Outro capítulo do livro analisa uma questão fundamental para o Brasil, o papel da energia e dos seus recursos. Embora a expansão mais acelerada nessas economias de crescimento não pressione o uso dos recursos, a elevação do preço das commodities determinará um aumento da inovação e uma maior produtividade, o que trará novidades neste cenário - os que dependem da persistente elevação dos preços das commodities poderão se decepcionar.
Outro tópico que discuto em detalhes é toda a questão da governança global e com ela, do sistema monetário. Como vimos na crise europeia, é possível que os países do Bric venham a influir de algum modo em sua solução, talvez por meio de um aumento de sua contribuição ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas isso só ocorrerá se, com todo o direito, eles obtiverem maior participação em termos de votos. Como, até 2015, eles alcançarão o tamanho dos EUA, será inevitável que algumas das moedas do Bric passem a fazer parte dos Direitos Especiais de Saque (DES, moeda escritural do FMI). Até o fim da década, é perfeitamente concebível que o próprio sistema monetário tenha mudado, o que pretendo estudar com maior profundidade nestes tempos extremamente excitantes! / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK



Conteúdo 3. Especificidades da União Européia

A Turquia na União Européia

Para ser membro, país passará por transformações



Roberto Candelori  
Para a Folha de S. Paulo

A União Européia aprovou a abertura de negociações para o ingresso da Turquia. Para ser membro definitivo, Ancara terá que passar por profundas transformações na sua estrutura econômica, social, política e cultural. Esse processo de ajuste interno pode durar até uma década.    

País muçulmano dividido entre Europa e Ásia, a Turquia conta com cerca de 70 milhões de habitantes. Ao se candidatar a uma vaga na UE, o governo turco deu início a medidas de ajuste interno. Além das reformas no plano econômico, foram incluídas mudanças na Constituição: mulheres e homens tiveram direitos equiparados, a pena de morte foi abolida e adotou-se o respeito sistemático aos direitos humanos.

Apesar do empenho, a rejeição ainda é grande. No total da população da UE, o índice de rejeição alcança 54%. Na Áustria, 73% entendem que os turcos têm padrões culturais muito distintos dos europeus. Mantidos os atuais níveis de crescimento, a Turquia terá em 2020 cerca de 85 milhões de habitantes, mais que a Alemanha, maior país do bloco. Muitos europeus receiam que, com a entrada da Turquia, a UE se torne mais vulnerável ao terror e à instabilidade geopolítica à medida que terá como vizinhos o Irã, o Iraque e a Síria.         

Contudo, há quem veja fatores positivos na integração. O Reino Unido, assim como os EUA, dizem que essa aproximação entre Oriente e Ocidente pode contribuir para a ampliação do diálogo entre a Europa e o Islã, além de levar para os países do Oriente Médio os valores da democracia.


Para Galera do COC - 2º ANO

A Turquia na União Européia

Para ser membro, país passará por transformações


Roberto Candelori
Para a Folha de S. Paulo

A União Européia aprovou a abertura de negociações para o ingresso da Turquia. Para ser membro definitivo, Ancara terá que passar por profundas transformações na sua estrutura econômica, social, política e cultural. Esse processo de ajuste interno pode durar até uma década.

País muçulmano dividido entre Europa e Ásia, a Turquia conta com cerca de 70 milhões de habitantes. Ao se candidatar a uma vaga na UE, o governo turco deu início a medidas de ajuste interno. Além das reformas no plano econômico, foram incluídas mudanças na Constituição: mulheres e homens tiveram direitos equiparados, a pena de morte foi abolida e adotou-se o respeito sistemático aos direitos humanos.

Apesar do empenho, a rejeição ainda é grande. No total da população da UE, o índice de rejeição alcança 54%. Na Áustria, 73% entendem que os turcos têm padrões culturais muito distintos dos europeus. Mantidos os atuais níveis de crescimento, a Turquia terá em 2020 cerca de 85 milhões de habitantes, mais que a Alemanha, maior país do bloco. Muitos europeus receiam que, com a entrada da Turquia, a UE se torne mais vulnerável ao terror e à instabilidade geopolítica à medida que terá como vizinhos o Irã, o Iraque e a Síria.

Contudo, há quem veja fatores positivos na integração. O Reino Unido, assim como os EUA, dizem que essa aproximação entre Oriente e Ocidente pode contribuir para a ampliação do diálogo entre a Europa e o Islã, além de levar para os países do Oriente Médio os valores da democracia.

Para Galera do COC - 1º ANO

Resumo de Conteúdo
Conteúdo 1. Curva de Nível
A curva de nível é uma maneira de se representar graficamente as irregularidades, ou o relevo, de um terreno.
Imagine uma montanha de 800 metros vista de cima. Seu formato é irregular, logo se traçarmos uma linha contornando-a a 700 metros o desenho do contorno (uma curva) será diferente, e menor, daquele que fizermos contornando-a a 100 metros, mais próximo da base. Esse desenho do contorno a uma dada altitude, que deve ser a mesma em todos os pontos da linha, é a chamada curva de nível e serve para representar o relevo de algum local nas plantas topográficas.
Geralmente, em uma planta topográfica, usa-se como referência a altura média do mar para se traçar as curvas de nível chamadas de “mestras” que são representadas por traços mais grossos. Podemos usar também, as linhas chamadas de auxiliares ou intermediárias para facilitar a leitura da planta topográfica. Todas as curvas possuem também, a altura em que se situam.
As curvas de nível são sempre paralelas entre si. Uma linha mestra jamais se cruzará com uma linha intermediária, por exemplo, mesmo que elas às vezes, cheguem bastante perto disso, e elas sempre se fecham sobre si mesmas (como um “O”, mas, na maioria das vezes, irregular). O que pode acontecer é de no papel, por causa de um efeito visual, as linhas se cruzarem, mas, na verdade, elas nunca se cruzam, uma vez que na realidade uma está embaixo da outra visto que cada curva de nível representa uma altitude. Nestes casos, costuma-se representar a linha, ou curva, debaixo com um tracejado.
Pela proximidade das linhas pode-se verificar se o terreno tem um declive muito acentuado ou não. Se as linhas estiverem muito próximas entre si, significa que o declive é bastante acentuado (um pico, por exemplo), já se elas estiverem muito distantes entre si, significa que o declive é suave (uma planície com pequenas elevações, por exemplo).
Mas, as curvas de nível não servem apenas para representar montanhas ou elevações no terreno. Se em uma planta topográfica com curvas de nível os valores da altitude referentes às curvas centrais forem menores do que os valores de altitude das curvas externas, significa que ali está representada uma depressão.
Quando se vai fazer uma planta topográfica com curvas de nível, costuma-se primeiro, antes de desenhar as curvas, fazer o traçado da rede de drenagem do terreno com o fim de facilitar o desenho das curvas. Afinal, é a rede de drenagem (rios, ribeirões, riachos, cachoeiras…) que determina, de forma geral, a topografia do terreno.
Outro conceito associado às curvas de nível (mas que não deve ser confundido) é o “plantio em curvas de nível”. Trata-se de uma técnica para plantio em terrenos acidentados que segue o traçado das curvas.
Lembrando que a legislação ambiental brasileira proíbe o desmate e plantio em terrenos com declividade maior que 45° por se tratar de Áreas de Preservação Permanente (APP) devido a alta tendência a erosão, o plantio em curvas de nível é uma técnica quer visa diminuir a velocidade da enxurrada (arraste) e aumentar a infiltração da água no solo para, com isso, evitar que aconteçam erosões.

Conteúdo 2. Projeções Cartográficas
Sabemos que a maneira mais adequada de representar a Terra como um todo é por meio de um globo. Porém, precisamos de mapas planos para estudar a superfície do planeta. Transformar uma esfera em uma área plana do mapa seria impossível se os cartógrafos não utilizassem uma técnica matemática chamada projeção. No entanto, imagine como seria se abríssemos uma esfera e a achatássemos para a forma de um plano. Com isso, as partes da esfera original teriam que ser esticadas, principalmente nas áreas mais próximas aos os pólos, criando grandes deformações de área. Então, para chegar a uma representação mais fiel possível, os cartógrafos desenvolveram vários métodos de projeções cartográficas, ou seja, maneiras de representar um corpo esférico sobre uma superfície plana.
Como toda projeção resulta em deformações e incorreções, às vezes algumas características precisam ser distorcidas para representarmos corretamente as outras. As deformações podem acontecer em relação às distâncias, às áreas ou aos ângulos. Conforme o sistema de projeção utilizado, as maiores alterações da representação localizam-se em uma ou outra parte do globo: nas regiões polares, nas equatoriais ou nas latitudes médias. É o cartógrafo define qual é a projeção que vai atender aos objetivos do mapa.
A projeção mais simples e conhecida é a de Mercator (nome do holandês que a criou). Outras técnicas foram evoluindo e muitas outras projeções tentaram desfazer as desigualdades de área perto dos pólos com as de perto do equador, como por exemplo a projeção de Gall. Como não há como evitar as deformações, classifica-se cada tipo de projeção de acordo com a característica que permanece correta. Temos então:
  • Projeções eqüidistantes = distâncias corretas
  • Projeções conformes = igualdade dos ângulos e das formas dos continentes
  • Projeções equivalentes = mostram corretamente a distância e a proporção entre as áreas
Os três principais tipos de projeção são:
Cilíndricas: consistem na projeção dos paralelos e meridianos sobre um cilindro envolvente, que é posteriormente desenvolvido (planificado). Uma das projeções cilíndricas mais utilizadas é a de Mercator, com uma visão do planeta centrada na Europa.

Cônicas: é a projeção do globo terrestre sobre um cone, que posteriormente é planificado. São mais usadas para representar as latitudes médias, pois apenas as áreas próximas ao Equador aparecem retas.

Azimutais: é a projeção da superfície terrestre sobre um plano a partir de um determinado ponto (ponto de vista). Também chamadas planas ou zenitais, essas projeções deformam áreas distantes desse ponto de vista central. São bastante usadas para representar as áreas polares.

Conteúdo 3. A formação do território brasileiro
Durante todo o século XVI, a ocupação portuguesa no Brasil colônia teve um caráter periférico, litorâneo. As poucas cidades e vilas do período, assim como todas as áreas agrícolas, estão nas proximidades do oceano Atlântico, a via de comunicação com a metrópole.

A extensão territorial da colônia era delimitada pelo Tratado de Tordesilhas, que acabou ficando apenas no papel, pois nos séculos XVII e XVIII os portugueses aventuraram-se além de seus limites e foram necessários novos acordos e tratados, como o Tratado de Madri (1750) e o Tratado de Santo Ildefonso (1777), além de outros, que expandiram os domínios portugueses em detrimento dos espanhóis. (...)
Durante os séculos XVII e XVIII, ocorreu um
maior povoamento do interior, com as bandeiras, a mineração, a penetração pelo vale do rio Amazonas e a expansão da pecuária no Vale do São Francisco e no sertão do Nordeste. Mas a maioria da população continuou próxima ao litoral, ocorrendo de fato a formação de "ilhas" de povoamento no interior. Algumas dessas "ilhas" duraram pouco tempo, esvaziando-se depois - como ocorreu na região das minas após o esgotamento das jazidas de ouro e diamantes.
A
expansão territorial nesse período foi notável: no início do século XIX, na época da Independência (1822), a área do território brasileiro já se e aproximava do tamanho atual, faltando apenas alguns acertos que ocorreram, no século XIX e início do século XX, no sul, com o Uruguai e o Paraguai, e no norte e oeste, com a Bolívia, o Peru e a Guiana Francesa.
Conteúdo 4. A formação do território brasileiro
OS CICLOS ECONÔMICOS DO PERÍODO COLONIAL
 Os ciclos econômicos brasileiros forão importantíssimos para a interiorização do país e consequente expasão territorial para bem além do Tratado de Tordesilhas.
Ciclo do Pau-brasil
Pau-brasil - Riqueza de exploração imediata: fácil acesso e investimento mínimo. Permanece como monopólio da Coroa até 1859. A fase mais intensa da exploração vai do período pré-colonial até meados do século XVI . A extração é feita ao longo do litoral, desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro, em sistema de arrendamento através de contratos entre o Estado e companhias particulares, que pagam um quinto da extração ao governo português. Posteriormente, passa a ser feita mediante prévia autorização do governador-geral. Até a segunda metade do séc. XVI, o corte e o transporte local são feitos pelos índios, sob controle de feitores, comerciantes ou colonos. Depois, escravos negros são deslocados para o serviço, nas entressafras de cana-de-açúcar.
A partir do final do séc. XVI, a Coroa portuguesa começa a temer o risco de esgotamento do produto e, em 1605 tenta regulamentar a exploração editando o Regimento do Pau-brasil.

Ciclo do açúcar (1532 - c. 1700)
A cultura da cana-de-açúcar trouxe o primeiro surto de prosperidade ao Brasil colonial. Foi ela que voltou à colônia os olhos mercantilistas da Coroa - até então fixados no comércio com o Oriente -, promoveu a ocupação da faixa litorânea do Nordeste, determinou a composição étnica da região, definiu sua estrutura fundiária e delineou alguns dos traços marcantes da cultura brasileira.
A cana, originária do sudeste da Ásia, era plantada pelos portugueses na ilha da Madeira desde meados do séc. XV. Introduzida no Brasil provavelmente por Martim Afonso de Souza em 1532, ela expandiu-se rapidamente, em especial em Pernambuco e na Bahia. Em 1570, existiam na colônia sessenta engenhos, dos quais 23 em Pernambuco e dezoito na Bahia, que produziam 60000 arrobas de açúcar anualmente. Treze anos depois, eles já eram 115 - 66 em Pernambuco e 36 na Bahia -, e sua produção ultrapassava as 350000 arrobas. Em meados do séc. XVII, quando o Brasil ainda liderava a produção mundial, seu número era superior a trezentos, apesar das invasões holandesas terem causado o abandono de muitas plantações.
A pior conseqüência da ocupação no entanto, viria algumas décadas após a reconquista do Nordeste pelos portugueses: com as técnicas aprendidas no Brasil, os holandeses inundaram a Europa, a partir de 1660, de açúcar barato produzido em suas colônias nas Antilhas; pouco depois, também os franceses e ingleses passaram a exportar o produto. Em 1670, os produtores brasileiros venderam em Lisboa apenas a metade de sua produção de 65000 t; em 1700, as exportações já haviam caído para 26000 t, e o eixo da economia da colônia já começava a mover-se para as minas da região centro-sul.
A lavoura canavieira caracterizava-se pela monocultura e pelo regime da grande propriedade, pela auto-suficiência das fazendas e pela utilização quase exclusiva, principalmente a partir de 1600, de mão-de-obra escrava em grande escala. As instalações das plantações incluíam a casa-grande, onde residia o proprietário e sua família; a senzala onde eram alojados os escravos; o engenho, local onde o açúcar era preparado; e a destilaria, onde produzia-se a aguardente. Além da terra dedicada ao plantio da cana, havia pastagens e uma pequena área reservada para o cultivo de alimentos, ambos para fins de subsistência.

Ciclo do ouro ( c. 1700 - 1803)
O século XVIII foi a idade do ouro e dos diamantes no Brasil. Descoberto no final do séc. XVII pelos bandeirantes, o ouro povoou uma área superior a 2 milhões de Km² , deu origem a cidades como Ouro Preto, Mariana, Sabará e S. João del Rei e encheu os cofres de Lisboa.
Com uma produção estimada de 1000 t entre 1700 e 1800, a maior preocupação portuguesa foi com o controle da atividade mineradora. Já em 1702 era criada a Intendência das Minas, subordinada diretamente à Coroa, para recolher os impostos e cobrir o contrabando. Mas foi em 1725 que se organizou melhor o recolhimento do tributo, com a proibição do transporte de ouro em pó ou em pepitas e a criação das Casas de Fundição, onde ele era fundido em barras e o fisco recolhia sua parte - 1/5 (chamado de quinto) da produção, sendo de 37 arrobas (cerca de 500 Kg) o mínimo exigido por ano pela Fazenda Real a princípio. Mais tarde essa contribuição mínima foi elevada para 100 arrobas (cerca de 1500 Kg). Quando esta quantia não era atingida, obrigava-se a população toda (e não apenas os mineradores) a completar a soma. Era a derrama, responsável por tantas rebeliões. De qualquer modo, depois de 1762 o quinto nunca chegou às 100 arrobas e, em 1803, o tributo foi reduzido a 1/10 da produção.

Diamantes
A exploração começa por volta de 1729, nas vilas de Diamantina e Serra do Frio, no norte de Minas Gerais. A produção atinge grande volumes, chegando a causar pânico no mercado joalheiro, por forçar a baixa dos preços. Em 1734, constituiu-se uma intendência, com autonomia quase total na administração das lavras. E a extração passa a ser controlada por meio de medidas severas, que incluem confisco, proibição da entrada de forasteiros e expulsão de escravos.

Renascimento agrícola
Entre a época da mineração e o advento do café, do final do séc. XVIII a meados de 1830. Passada a euforia inicial da extração do ouro, começaram a surgir áreas de agricultura e pecuária ao longo dos caminhos para os depósitos auríferos. Essas atividades passam a ser lucrativas por causa do crescimento demográfico. As sesmarias (terras incultas ou abandonadas) são doadas a quem queira cultivá-las
Algodão, tabaco e cacau tornam-se os principais produtos agrícolas de exportação.
Os maiores centros produtores de algodão surgem no Nordeste (Maranhão e Pernambuco), O tabaco funciona, ao longo do séc. XVII, como moeda de troca para aquisição de escravos nos mercados da costa africana. O grande produtor é a Bahia, seguida por Alagoas.
O cacau, visto inicialmente como produto de atividade extrativista, praticada no Pará e em Rio Negro, passa a ser cultivado na Bahia e no Maranhão, com mão-de-obra escrava negra.

Pecuária
Fator essencial na ocupação e povoamento do interior. As fazendas de criação de gado são latifúndios assentados em sesmarias. O proprietário, ao tomar posse da terra, arrenda as regiões mais distantes a pequenos criadores. A atividade não é dirigida para a exportação e, em vez de escravos, usa mulatos, mestiços, negros forros, índios e brancos assalariados. É no Sul que a criação de gado mais se desenvolve.

Bibliografia
Almanaque Abril. 20ª ed. São Paulo, Editora Abril, 1994
Almanaque Abril. 15ª ed. São Paulo, Editora Abril, 1989